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Mantenedores
Com o volume arrecadado atualmente, apenas 10% da demanda é atendida
Uma área mais ampla para receber as doações. Essa foi a reivindicação do Banco de Alimentos de Pelotas ao presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, em sua visita à cidade, cuja receptividade foi confirmada pelo superintendente da Fundação Gaúcha de Bancos Sociais, Paulo Renê Bernhard. Com o volume arrecadado atualmente, apenas 10% da demanda é atendida, explica a presidente Maria Lúcia Moraes Dias, que já conta com doações fixas de indústrias de arroz, massas e biscoitos.
O Banco de Alimentos de Pelotas, que funciona dentro da Casa da Indústria, mas com armazenagem em área improvisada no Parque do Sesi, deve ganhar um espaço físico próprio, para que possa ser expandido. A construção deve ser feita junto à nova sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em obras, na avenida Bento Gonçalves, em área contígua à do Serviço Social da Indústria (Sesi). Segundo Bernhard, ao projeto do Senai em execução, pode ser feito um acréscimo. Enquanto a nova sede não ganha forma, o Banco de Alimentos de Pelotas está com instalações reformadas, para serem reinauguradas, explica Maria Lúcia.
Com dez mantenedores para os custos fixos, o Banco de Alimentos de Pelotas conta outras doações esporádicas, principalmente de campanhas de arrecadação de alimentos, como fará a Ecosul, em evento programado para o Parque do Sesi, e como fizeram os calouros de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), estimulados pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), com apoio dos principais supermercados e macroatacados da cidade, conta a presidente. Maria Lúcia sugeriu outros trotes solidários, que não foram acatados, conforme explicou.
Origem
O Banco de Alimentos da Fiergs foi pioneiro no país e hoje tem uma rede de 21 bancos no Rio Grande do Sul, a exemplo de Pelotas, atingindo 34 cidades no Estado e mais um na cidade do Rio de Janeiro, detalha o presidente da Fundação. Hoje, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer implantar esse mesmo modelo no país e visitantes dos Estados Unidos e da França vieram conhecê-lo, conta Bernhard. A ideia da Fiergs é expandir para Pelotas outros bancos sociais já existentes na capital gaúcha. Como polo de indústrias do vestuário, poderiam ser doados tecidos para serem utilizados nas entidades assistidas, reconhece a presidente.
Em Pelotas, o Banco de Alimentos foi criado em 22 de março de 2006, por iniciativa de um grupo de industriais vinculados ao Centro das Indústrias de Pelotas (Cipel). Na quinta-feira, durante a visita da comitiva da Fiergs à Casa da Indústria, Maria Lúcia recebeu um notebook e um projetor multimídia, que serão utilizados nas ações de sensibilização dos industriais locais para que participem efetivamente com doações ao Banco de Alimentos de Pelotas. Atualmente, 41 entidades assistenciais estão cadastradas para receber as doações, que já somam 11 toneladas nos primeiros cinco meses de 2013.
Fonte: Diário Popular